O fluxo comercial entre o Brasil e a China atingiu um recorde, em valores nominais, no primeiro trimestre de 2025, sobretudo graças às importações de bens chineses.
De janeiro a março, a corrente de comércio entre Brasil e China ultrapassou os USD 38,8 mil milhões, com USD 19,8 mil milhões em exportações brasileiras e USD 19 mil milhões em importações.
A balança comercial brasileira com a China permaneceu superavitária, ainda que tenha havido um crescimento expressivo na entrada de produtos chineses no mercado brasileiro.
As importações brasileiras vindas da China aumentaram 35% no período. Um dos principais responsáveis por esse salto foi o grupo “Plataformas, embarcações e outras estruturas flutuantes”, que, sozinho, movimentou USD 2,7 mil milhões – valor significativamente superior aos cerca de USD 4 milhões registrados em 2024.
Por outro lado, o Brasil reduziu sua dependência de certos produtos chineses. As importações de válvulas e tubos, por exemplo, caíram 77% em relação ao ano anterior.
Esse aumento nas importações chinesas está sendo acompanhado de perto pelo governo federal, que teme um avanço ainda maior com a guerra comercial lançada pelos Estados Unidos à China.
Com os Estados Unidos, um dos maiores mercados consumidores do mundo, reduzindo, ainda que temporariamente, a demanda por produtos chineses, o Brasil pode acabar se tornando um dos principais destinos para onde Pequim redireciona suas exportações.