Brasil Coloca na Agenda dos BRICS Facilitação do Comércio e Investimentos

O Brasil assumiu a presidência anual do BRICS a 1 de janeiro, colocando entre as prioridades a facilitação do comércio e investimentos entre os países do agrupamento, com desenvolvimento de meios de pagamento.

Sob o lema “Fortalecendo a Cooperação do Sul Global por uma Governança mais Inclusiva e Sustentável”, a presidência brasileira vai atuar em dois eixos principais: Cooperação do Sul Global e a Reforma da Governança Global.

As agendas estão refletidas em cinco prioridades, sendo a primeira a facilitação do comércio e investimentos entre os países do agrupamento, por meio do desenvolvimento de meios de pagamento

Outras prioridades são a promoção da governação inclusiva e responsável da Inteligência Artificial para o desenvolvimento e o aprimoramento das estruturas de financiamento para enfrentar as mudanças climáticas, além do estímulo aos projetos de cooperação entre países do Sul Global, com foco em saúde pública.

Finalmente, a presidência brasileira propõe-se a aprofundar o fortalecimento institucional do BRICS.

“Se você quer construir um mundo melhor, um mundo sustentável, o BRICS tem que ser parte dessa construção. E é importante que haja um entendimento entre esses países, porque esse entendimento ajuda você a alcançar um entendimento mais amplo [com outros países]”, disse o embaixador Eduardo Saboia, responsável do Brasil pelas articulações entre os países no BRICS, em entrevista à Agência Brasil.

O agrupamento formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, bem como por outros membros recém-admitidos – Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã – representa um dos principais foros de articulação político-diplomática dos países do Sul Global, com foco na cooperação em diversas áreas.

“Você tem esses países que são muito diferentes e com sistemas políticos diferentes, cada um com seus desafios, se entendendo e eles se reúnem todo ano. Isso é bom para todo mundo, porque dali saem soluções para a população”, salientou o embaixador Saboia.

Como país anfitrião, o Brasil é responsável por organizar e coordenar as reuniões dos grupos de trabalho que compõem o agrupamento e reúnem representantes dos países membros para debater as prioridades da presidência de turno. Para isso, há mais de 100 reuniões previstas para acontecer entre fevereiro e julho, em Brasília.

Já a Cúpula do BRICS, espaço de deliberação entre chefes de Estado e Governo, está programada inicialmente para julho, no Rio de Janeiro. A duração do mandato brasileiro é de um ano e se encerra em 31 de dezembro de 2025.

 

 

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