A China Asset Management Company, segunda maior administradora de recursos do país asiático, planeia lançar fundos no no Brasil este ano, disse a presidente-executiva da empresa.
Segundo Li Yimei, presidente-executiva, a gestora de fundos de propriedade maioritária do Estado chinês e que administra USD 350 mil milhões, aguarda a aprovação de Pequim para lançar um fundo negociado em bolsa (ETF) de listagem cruzada no Brasil.
Pequim está em negociações para lançar um programa de listagem cruzada de ETFs com o Brasil, segundo o qual a ChinaAMC e alguns outros gestores de fundos oferecerão produtos com foco na China, disse Li, após a visita do presidente chinês Xi Jinping a Brasília em novembro.
Embora os investidores da América do Norte enfrentem mais restrições para investir na China, Li disse à Reuters que está confiante na obtenção de novos fluxos de investidores do Médio Oriente, da América Latina e do Sudeste Asiático.
No ano passado, os investidores internacionais e as instituições continentais migraram para os produtos gerenciados pela unidade da ChinaAMC em Hong Kong, com os ativos sob gestão dobrando e ultrapassando 12,84 bilhões de dólares.
As iniciativas no exterior ilustram os esforços dos administradores de fundos chineses para expandirem seus investidores e atraírem de volta os participantes globais que reduziram sua exposição à China nos últimos dois anos devido às preocupações com a desaceleração da economia.
Embora seja “quase certo” que haverá mais desafios e atritos entre os EUA e a China com o retorno de Donald Trump à Casa Branca, os ativos chineses podem recuperar, já que Pequim fornecerá estímulo económico suficiente para combater esse impacto.
“Acredito que eles (investidores estrangeiros) definitivamente voltarão a investir em ativos chineses”, disse ela.