Brasil e da China Preparam Acordos na Agricultura, Comércio, Infraestruturas, Indústria e Ciência

Os governos do Brasil e da China irão anunciar uma série de acordos na próxima semana nas áreas de Agricultura, Comércio, Investimentos, Infraestruturas, Indústria, Finanças e Ciência e Tecnologia.

Os acordos serão divulgados durante a visita do presidente chinês, Xi Jinping, ao Brasil, no dia 20, quando será recebido pelo homólogo brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília.

“Há sinergias entre as políticas de desenvolvimento e programas de investimentos de Brasil e China com foco em finanças, infraestrutura, desenvolvimentos de cadeias produtivas, transformação ecológica e tecnologia que poderiam beneficiar os programas Novo PAC, Nova Indústria Brasil, plano de transição ecológica e rotas de integração sul-americana”, disse o secretário de Ásia e Pacífico do Ministério de Relações Exteriores, Eduardo Paes Saboia, em conversa com a imprensa sobre a visita de Estado.

A visita, adiantou Paes Saboia, “é a ocasião para que os dois mandatários confirmem a elevação da parceria política bilateral, explorem sinergias entre as respectivas políticas de desenvolvimento e programas de investimento e estreitem a coordenação sobre tópicos regionais e multilaterais”.

Saboia lembrou que Brasil e China estabeleceram parceria estratégica em 1993 e a parceria estratégica global em 2012, além de terem diálogo sobre temas pluri e multilaterais em diversos fóruns internacionais. A visita de Xi Jinping, segundo o embaixador, é uma sequência da visita que Lula fez à China em abril de 2023 e também ocorre em celebração aos 50 anos das relações diplomáticas entre os dois países.

O embaixador destacou a “relação comercial de primeira ordem” que existe entre os dois países. A China é o principal parceiro comercial do Brasil e uma das principais origens de investimentos no país.

Em 2023, o Brasil teve um recorde de exportações para a China, com USD 104,3 mil milhões, superando a soma das vendas para Estados Unidos e União Europeia.

“A visita servirá para reiterar o esforço do Brasil em ampliar os números do comércio bilateral e diversificar a pauta comercial com produtos brasileiros com maior valor agregado. As duas economias são complementares”, disse Saboia, contando que estão em negociação protocolos para exportação de mais produtos agrícolas brasileiros para a China e que há interesse do Brasil em atrair mais investimentos chineses para áreas como infraestrutura e na capacidade produtiva industrial.

“A visita apresentará iniciativas governamentais para incrementar os contratos dessas áreas. Dos 93 projetos industriais chineses no Brasil, tiveram destaques, sobretudo, a indústria automotiva, eletroeletrónica e de máquinas e equipamentos”, afirmou Saboia.

Há ainda um esforço para uma maior aproximação na área financeira, com iniciativas no BNDES, Ministério da Fazenda e B3, a bolsa de valores brasileira. Os acordos também devem abranger ciência, tecnologia e inovação, para tratar de avanços em pesquisas em novas áreas como fontes de energia limpa, nanotecnologia e tecnologia da informação e comunicação, indústria fotovoltaica, tecnologia nuclear, inteligência artificial e mecanização da agricultura familiar.

Em Pequim, um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, assinalou que a China e o Brasil desfrutam de uma amizade comprovada pelo tempo e que a próxima visita de Estado de Xi fortalecerá ainda mais os laços de intercâmbios cultural e interpessoal entre os dois países.

“Damos as boas-vindas a mais amigos brasileiros para visitarem a China e experimentarem a vibração da modernização chinesa”, declarou Lin, citado pela Xinhua.

 

 

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