A reação chinesa a medidas protecionistas dos Estados Unidos, taxando frango, carne e soja norte-americanas, poderão abrir oportunidades de exportação para o Brasil, pois Pequim terá de procurar estes produtos noutros mercados, segundo especialistas.
André Galhardo, da consultora Análise Económica, disse ao jornal O Globo que, de um modo geral, o Brasil “tem capacidade de resposta” a um eventual aumento da procura por parte da China, sobretudo se baixar o preço de fertilizantes, o que “contribuiria para aumentar ainda mais a oferta no Brasil a médio e longo prazo”.
O presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, considera, no entanto, que este ganho tende a ser passageiro: “as medidas comerciais são constantemente revistas e, dada a importância económica dos Estados Unidos e da China, é provável que ocorram ajustes”.
Segundo interlocutores do Ministério dos Negócios Estrangeiros contactados pelo jornal brasileiro, é necessário mais tempo para avaliar a movimentação das peças no comércio global.