A China autorizou 21 empresas brasileiras para exportar sésamo para o país asiático, o maior importador da semente no mundo.
A entrada de sésamo brasileiro no mercado chinês foi acordada no final de 2024 durante a visita do presidente da China, Xi Jinping, ao Brasil, sendo agora concluída a autorização das empresas exportadoras, informou o Governo brasileiro.
A China consome cerca de 38,4% do sésamo a nível global.
Pela primeira vez na história recente do comércio exterior, o Brasil iniciou o ano com um inédito déficit nas trocas comerciais com a China, que desde 2009 é o principal parceiro do país nas trocas internacionais.
Em janeiro, a balança bilateral fechou com um superávit chinês de USD 583 milhões. O saldo resultou de exportações brasileiras no montante de USD 5.470 bilhões e vendas do gigante asiático no total de USD 6,052 bilhões, segundo dados são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
Em janeiro, as exportações para a China tiveram uma forte contração de 30% e essa queda refletiu-se na redução da participação chinesa no total global das vendas externas brasileiras no período, que correspondeu a 24,7% em 2024 e baixou para 21,7% em 2025.
Em 2024, as exportações brasileiras para o país asiático somaram USD 7,890 bilhões (alta de 53,1% comparativamente com janeiro de 2023).
A transformação de uma balança fortemente superavitária em um déficit surpreendente deveu-se sobretudo a uma expressiva retração dos embarques nos três principais itens de exportação para o principal parceiro comercial do Brasil desde 2009: petróleo, minério de ferro e soja, que chegaram a responder por 80% das vendas totais aos chineses e este ano recuaram para 61% no último mês de janeiro.