O embaixador chinês em Brasília, Zhu Qingqiao, defendeu que o Brasil deve aderir à Iniciativa Faixa e Rota chinesa, o que seria uma “demonstração de estabilidade” na “relação de cooperação de longo prazo”.
O diplomata, que participou num evento do Conselho Empresarial Brasil – China, em São Paulo, afirmou que a adesão brasileira à iniciativa “poderia trazer benefícios mútuos e facilitar a identificação de sinergias entre a procura brasileira e os interesses chineses nos setores mais estratégicos”.
“Acreditamos que a iniciativa é altamente consistente com a estratégia de desenvolvimento do Governo de Lula da Silva, como os planos de reindustrialização, as rotas de integração sul-americana e o projeto de aceleração do crescimento”, acrescentou, citado pelo South China Morning Post.
“Penso que as empresas chinesas estão muito interessadas em envolver-se de alguma forma” na ligação do Brasil a Chancay,
porto de águas profundas no Peru, que foi construído com financiamento chinês e deve ser inaugurado em novembro, explicou o embaixador chinês.
O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou em julho que o seu governo está a elaborar uma proposta para se juntar à Iniciativa Faixa e Rota chinesa, sublinhando os benefícios da adesão, que já tem 151 países participantes.
A eventual adesão do Brasil à iniciativa foi acolhida com otimismo na China, porque, além de fortalecer os laços económicos, a entrada do Brasil poderia significar uma expansão significativa da parceria, especialmente na abertura de novas vias de cooperação em áreas como tecnologia, infraestruturas e energia.
Lula da Silva também enfatizou a importância de recuperar a credibilidade internacional do Brasil, criticando a posição diplomática do seu antecessor e destacando seus esforços para melhorar a imagem do país no cenário mundial.
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