A China National Fisheries Corporation (CNFC) dispõe de uma frota com 15 navios e 242 empregados chineses e estrangeiros para pesca na Guiné-Bissau, na costa atlântica da África Ocidental.
O primeiro lote da frota pesqueira em alto mar enviada pela CNFC chegou à Guiné-Bissau em Maio de 1985 e em 40 anos a empresa contratou e formou mais de mil tripulantes locais e gestores, e ensina ativamente técnicas de pesca modernas aos pescadores locais, segundo a Xinhua.
A Guiné-Bissau possui uma das mais importantes zonas piscatórias do Oceano Atlântico, com uma zona económica exclusiva marinha de cerca de 70 mil quilómetros quadrados, rica em marisco, como peixe, camarão, lagosta, caranguejo e moluscos, com uma captura anual de 300 mil a 350 mil toneladas.
Como o país ainda não tem os seus próprios navios de pesca em águas longínquas, a emissão de licenças de pesca para navios de pesca estrangeiros tornou-se uma das suas principais fontes de divisas.
Pedro Augusto, tripulante guineense do navio Yuanyu 892, disse trabalhar com navios de pesca chineses há muito tempo, e afirmou à reportagem da agência que a tripulação chinesa é muito paciente.
“Ensinou-me muitas técnicas avançadas de pesca, e o meu salário é suficiente para cobrir as despesas da minha família”, afirmou.
Em maio de 2023, o Porto de Pesca Artesanal do Alto Bandim, doado pela China, foi oficialmente entregue à Guiné-Bissau. O complexo de processamento e armazenamento de produtos aquáticos construído pela CNFC, localizado perto do porto, entrou em funcionamento no mesmo ano, cobrindo uma área de 4 mil metros quadrados.
Desde então, a fábrica fornece peixe a preços acessíveis à população da Guiné-Bissau.
“A pesca é um dos setores fundamentais da Guiné-Bissau, e o apoio da China possibilitou que os recursos pesqueiros do nosso país beneficiassem verdadeiramente a população”, disse Issumaila Djalo, funcionário da representação da CNFC na Guiné-Bissau.
Em março de 2024, o primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Rui Duarte de Barros, compareceu na fábrica da CNFC e entregou à empresa chinesa um certificado de honra. Disse que a cooperação das pescas com a CNFC é um exemplo de cooperação económica e comercial entre os dois países e é digna de ser estudada por todos os parceiros do governo da Guiné-Bissau.
Sun Zhixiang, director-geral da representação da CNFC, disse estar muito feliz com o certificado: “A Guiné-Bissau é a minha segunda terra natal, e continuarei a criar raízes aqui e a dar maiores contributos para promover o desenvolvimento da economia azul na Guiné-Bissau e aprofundar a amizade entre os dois povos.”