A CNT, China Nonferrous Trade Co. Ltd., subsidiária da China Nonferrous Metal Mining Group Co., comprou a maior reserva de urânio do Brasil, no estado do Amazonas.
Segundo o site BNC Amazonas, as duas companhias pertencem ao governo da República Popular da China e a reserva fica no município de Presidente Figueiredo, na região metropolitana de Manaus, a 107 quilómetros da capital estadual.
A venda da reserva de urânio à China foi comunicada ao Governo do Amazonas pela empresa mineradora Taboca, que atua na mina do Pitinga, na região da hidroelétrica de Balbina, desde 1969. No comunicado, a empresa diz que no dia 26 transferiu 100% das suas ações aos chineses.
“Este novo momento é estratégico e constitui uma oportunidade de crescimento para a Mineração Taboca”, afirmou. Informa ainda que o acordo foi firmado pela Minsur S.A., que é uma empresa peruana que controla a Taboca.
O BNC Amazonas apurou, junto às autoridades do Governo do Amazonas, que o urânio é apenas um dos minerais mais importantes da mina do Pitinga, além de terras raras.
Por sua vez, terras raras são um conjunto de 15 elementos químicos, os mais importantes para a indústria de fabricação de turbinas, foguetes e baterias.
A mina de urânio de Presidente Figueiredo, dessa forma, é considerada a maior do Brasil. Entretanto, ainda não foram feitas pesquisas oficiais, pelo governo brasileiro, sobre o potencial do minério dessa reserva.
Conforme especialistas do setor mineral, essa reserva agora vendida aos chineses tem também tântalo, nióbio, estanho e tório. Há quem considere que são os chamados minerais críticos e estratégicos para o Brasil.
O urânio é um metal usado na indústria da guerra, notadamente na fabricação de bombas atômicas e de hidrogênio. Enriquecido, serve também como combustível em usinas nucleares para gerar energia. No Brasil, 99% do urânio é usado para esse fim.