China e a África continuarão a aprofundar planos de cooperação durante a Cimeira 2024 do Fórum China-África (FOCAC), incluindo em cadeias industriais e de abastecimento, disse o ministro adjunto do Comércio, Tang Wenhong.
Numa antevisão da 9ª Conferência Ministerial do FOCAC, em Pequim de 4 a 6 de setembro seguindo-se à realizada há três anos no Senegal, responsáveis do Ministério do Comércio chinês sublinharam a intenção de continuar a expandir as relações económicas e comerciais.
“A China expandirá a abertura institucional para a África e aprofundará a cooperação em cadeias industriais e de abastecimento, de modo a promover ainda mais a cooperação económica China-África e o elo de desenvolvimento para benefícios compartilhados”, disse Tang, citado pela Xinhua.
Shen Xiang, diretor do Departamento da Ásia Ocidental e África do Ministério do Comércio, disse na conferência de imprensa que a China tem explorado ativamente novos modelos de cooperação financeira com África e está comprometida em fornecer apoio para o desenvolvimento económico sustentável dos países africanos.
“No futuro, continuaremos a incentivar e apoiar as instituições financeiras da China e da África a inovar modelos de cooperação financeira, enriquecer produtos de serviços financeiros e focar no apoio à cooperação no desenvolvimento verde, economia digital e desenvolvimento de pequenas e médias empresas”, disse Shen.
O mesmo responsável disse que uma conferência de empresários chineses e africanos também será realizada durante a cimeira, concentrando-se em dois tópicos de discussão sobre cooperação em cadeias industriais e de suprimentos e o desenvolvimento de indústrias emergentes.
“A conferência de empresários incentivará as comunidades empresariais chinesas e africanas a se comunicarem e construírem consenso, promoverá a implementação de novas medidas de cooperação prática, expandirá ainda mais a influência da cúpula e impulsionará o desenvolvimento de alta qualidade da cooperação económica e comercial China-África”, disse Shen.
“A China continua a ser o maior parceiro comercial da África há15 anos consecutivos”, disse Tang, observando que em 2023, o comércio China-África atingiu USD 282,1 bilhões, um aumento de quase 11% em comparação a 2021, e que até o final de 2023 o stock do investimento direto da China na África ultrapassou USD 40 mil milhões.
“Nos últimos três anos, as empresas chinesas criaram mais de 1,1 milhão de empregos locais”, disse ele. As zonas de cooperação económica e comercial onde as empresas chinesas investiram e construíram na África, em setores como agricultura, processamento e indústria, logística comercial e outras indústrias, atraíram mais de 1.000 empresas e ajudaram a aumentar as receitas fiscais e as receitas cambiais das exportações da África.
As empresas chinesas construíram uma série de projetos emblemáticos, bem como projetos “pequenos mas bonitos”, nas áreas de transporte, energia, eletricidade, habitação e meios de subsistência das pessoas, adiantou. “Os projetos promoveram efetivamente o desenvolvimento económico e social local.”
Impulsionadas pelo desenvolvimento verde, inovação digital e outros programas, as empresas chinesas implementaram um grande número de projetos de energia limpa na África, enquanto as exportações de baterias de lítio e produtos fotovoltaicos para a África aumentaram significativamente, disse Tang.
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