Os compradores chineses elevaram as compras de soja brasileira da próxima colheita, aproveitando os preços atraentes e também ajudando a proteger a oferta, perante preocupações com uma possível guerra comercial com os Estados Unidos.
Espera-se que o Brasil colha sua maior colheita de sempre e as compras ativas de cereais brasileiros significam que pelo menos metade da procura chinesa para fevereiro-abril já foi atendida, bem como cerca de 20% para maio-junho, de acordo com estimativas de traders ouvidos pela Bloomberg News.
Os preços “free on board” das cargas brasileiras estão cerca de USD 2 por tonelada abaixo dos preços do Golfo dos EUA para fevereiro e USD 22 mais baratos para março, segundo dados da Commodity3.
Embora o Brasil já seja o maior exportador de soja do mundo, as últimas compras destacam a maior dependência da China em relação ao cereal produzido no país.
As preocupações com um possível choque de oferta se os produtos agrícolas dos EUA se envolverem noutra guerra comercial após o presidente eleito Donald Trump assumir o cargo no início do próximo ano aumentaram o incentivo para elevar os stocks.
Trump disse na segunda-feira que planeia impor tarifas adicionais de 10% sobre os produtos da China. Já havia prometido aumentar as tarifas para 60% para todos os produtos do país asiático, aumentando o risco de que os produtos agrícolas possam ser atingidos por medidas retaliatórias. assada.
A previsão é de que a China importe cerca de 109 milhões de toneladas de soja na atual temporada. Sua procura geral, incluindo cereais, caiu à medida que o país enfrenta uma crise económica cada vez mais profunda.
