Construção do Terminal Portuário de Chongoene Paralisada por Protestos Populares

As obras de construção do terminal portuário de Chongoene, na província de Gaza, a cargo da empresa chinesa Desheng, paralisaram devido a protestos dos moradores contra o alegado incumprimento de um acordo que visava electrificar parte do distrito do sul de Moçambique.

Segundo o diário independente “O País”, os populares invadiram o porto e paralisaram as obras porque a Desheng não cumpre as obrigações de responsabilidade social na comunidade desde 2023, embora exista um acordo assinado há uma semana entre a população e a empresa.

No acordo, a empresa chinesa prometeu eletrificar metade da comunidade de Nhampfunhine, o que não aconteceu, embora responsáveis ​​da empresa tenham afirmado que já disponibilizaram o montante total para este fim.

Um porta-voz da Desheng disse que a empresa já desembolsou mais de seis milhões de meticais (USD 93 mil à taxa de câmbio actual) pela compra de material de electrificação.

Por seu lado, Alberto Matusse, director dos serviços provinciais de planeamento e infraestruturas de Gaza, afirmou que 50% do projecto de electrificação já foi executado.

O administrador do distrito de Chongoene, Artur Macamo, tentou dialogar com a população, alegando que o acordo não falhou. “Sentámo-nos com a população e pedimos a retoma das obras, mas não houve consenso. Estamos agora a interagir com os gestores chineses para aprofundar a capacidade existente para cumprir o acordo de electrificação’, disse Macamo.

A paragem das obras do terminal portuário compromete o escoamento de mais de 270 mil toneladas de minerais processados ​​das areias pesadas do distrito de Chibuto.

Na manhã de quinta-feira, os moradores da localidade de Bungane, em Chonguene, fizeram barricadas na estrada que conduz ao distrito de Manjacaze, exigindo electrificação imediata. Disseram que não permitirão que a estrada seja reaberta até que a área seja eletrificada.

 

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