A EDP, cujo maior acionista é a China Three Gorges, anunciou um lucro consolidado de EUR 801 milhões em 2024, uma queda de 16% face ao ano anterior, explicada pelas perdas extraordinárias sofridas pela subsidiária EDP Renováveis.
Sem esse efeito, o resultado líquido recorrente cresceu 8% no ano passado para EUR 1,393 mil milhões, indicou a empresa em comunicado ao mercado.
A elétrica atribui o resultado de 2024 “ao forte desempenho da atividade de produção e gestão de energia em mercado e aumento do contributo da atividade de redes de eletricidade no Brasil”, que permitiram mais do que compensar a “redução do contributo da subsidiária EDP Renováveis (EDPR). Incluindo efeitos não recorrentes, sobretudo relacionadas com perdas associadas à saída da EDPR de projetos na Colômbia”.
A EDP diz que superou os objetivos financeiros consolidados pré-estabelecidos no plano de negócios do ano passado, o que atribui à “diversificação geográfica e tecnológica e ao seu perfil de utility integrada”.
O EBITDA (margem bruta) recorrente atingiu os EUR 5 mil milhões e o resultado líquido recorrente de quase EUR 1,4 mil milhões ficou acima do objetivo definido de EUR 1,3 mil milhões.
A empresa destaca ainda que a produção de energias renováveis aumentou 12% em 2024, atingindo pela primeira vez num ano 95% da produção total de eletricidade.
Na sequência do que classifica como um “bom desempenho” no ano passado e da decisão de travar o plano de investimentos — que caiu 29% para EUR 2.836 milhões consolidados — bem como a atualização de expetativas para os próximos dois anos, a EDP vai realizar um programa de recompra das ações em bolsa no valor de EUR 100 milhões, a concretizar nos próximos três meses.
Estas operações beneficiam os acionistas, na medida em que contribuem para valorizar os títulos em bolsa. Paralelamente, o conselho de administração irá propor em assembleia geral um aumento de 3% na distribuição do dividendo por ação para 20 cêntimos.