As exportações chinesas para os países de língua portuguesa aumentaram 16,5% no ano passado e atingiram um novo recorde, USD 85,5 mil milhões, segundo informação do Serviços de Alfândega da China.
Este é o valor mais elevado desde que o Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Fórum de Macau) começou a apresentar estes dados, em 2013.
Os dados revelam que o Brasil foi o maior comprador no bloco lusófono, com importações vindas da China a atingirem USD 72,1 mil milhões, uma subida de 21,9% em termos anuais.
Em segundo na lista vem Portugal, que comprou à China mercadorias no valor de USD 6,11 mil milhões, mais 5,5% do que em 2023.
Segundo os dados oficiais chineses, as exportações dos países de língua portuguesa para a China caíram 5,3% em 2024, para USD 139,7 mil milhões de dólares, sobretudo devido ao Brasil.
Maior fornecedor lusófono do mercado chinês, o Brasil registou uma quebra de vendas de 5,2% para 116,1 mil milhões de dólares. Também o segundo maior parceiro comercial chinês no bloco lusófono, Angola, viu as exportações decrescerem 6,7% para USD 17,6 mil milhões em 2024.
Pelo contrário, as vendas de mercadorias de Portugal para a China aumentaram 8,9% para USD 3,17 mil milhões, enquanto as exportações de Moçambique subiram 1% para USD 1,81 mil milhões.
Já as exportações da Guiné Equatorial para o mercado chinês desceram 28%, para USD 981,7 milhões. As vendas de Timor-Leste (menos 98,8%), Cabo Verde (menos 80,9%) e São Tomé e Príncipe (menos 74,8%) também caíram em comparação com 2023.
As exportações da Guiné-Bissau para a China caíram 43,4% em 2024, embora o país não tenha vendido mais de mil dólares em mercadorias.
Apesar do novo recorde das exportações chinesas e da queda no lado dos países de língua portuguesa, a China registou um défice comercial de USD 54,2 mil milhões com o bloco lusófono em 2024.
Ao todo, as trocas comerciais entre os países de língua portuguesa e a China atingiram USD 225,2 mil milhões no ano passado, mais 2% do que em 2023.
