As exportações brasileiras de café para a China em 2024 vão alcançar 2,5 milhões de sacas, um aumento de 65% em relação ao ano passado, segundo estimativas do Conselho de Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) à revista EXAME.
O valor total de exportações brasileiras deverá atingir USD 525 milhões. Este ano, o Brasil assinou um memorando de entendimento (MOU) com a Luckin Coffee, a maior rede de cafeterias da China e também a principal importadora de café brasileiro no país, com mais de 16 mil lojas no país.
O acordo prevê a compra de aproximadamente 120 mil toneladas de café brasileiro pela rede, no valor de cerca de USD 500 milhões.
Na China, um quarto da população, ou 330 milhões de pessoas, consome café — em 2013, esse número girava em torno de 190 milhões. A maioria dos entusiastas chineses de café é de jovens que trabalham em escritórios, predominantemente mulheres, disse à revista brasileira Marcos Mattos, diretor-geral do Cecafé.
O Brasil é o maior produtor global de café — a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) afirma que o país colheu 55 milhões de sacas em 2023/2024, seguido de longe por Colômbia e Vietnã.
Na última colheita, a China foi o sétimo destino das exportações brasileiras de café ao adquirir mais 186,1% sacas do que no ano anterior.
“O crescimento da China vai impulsionar a demanda por café brasileiro, especialmente por blends. Esse tipo de café continua a dominar o consumo global, e o Brasil, como maior produtor de café do mundo há muitos anos, se mantém nesse pódio sem sinais de declínio”, disse à EXAME Orlando Editore, head de café na consultoria Datagro. “As perspectivas mostram que o Brasil crescerá mais rapidamente na produção de café do que seus concorrentes.”