As exportações dos países de língua portuguesa para a China caíram 30,7% nos primeiros dois meses de 2025, enquanto as importações provenientes do país asiático caíram a um ritmo inferior.
De acordo com informação do Serviços de Alfândega da China, em janeiro e fevereiro o bloco lusófono vendeu mercadorias no valor de USD 17 mil milhões ao mercado chinês.
Segundo os dados, reunidos pelo Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Fórum de Macau), este é o valor mais baixo para os dois primeiros meses de um ano desde 2021, em plena pandemia de covid-19.
A descida deveu-se sobretudo ao maior fornecedor lusófono do mercado chinês, o Brasil, cujas vendas caíram um terço (33,4%) para 13,7 USD mil milhões, mas também registaram descidas Angola (-16,4% para USD 2,37 mil milhões) e Portugal (-13% para USD 444,4 milhões).
As da Guiné Equatorial caíram 71,2%, as de Timor-Leste encolheram 98% e as de São Tomé e Príncipe 53,3%.
As exportações de Moçambique foram a excepção, subindo mais de um terço (34,4%) para USD 332,2 milhões.
Em sentido inverso, as exportações chinesas para os países de língua portuguesa também diminuíram 9%, para USD 12,2 mil milhões, sendo o Brasil o maior comprador no bloco, com importações de USD 10,3 mil milhões, menos 7,8% em termos anuais.
Portugal, que comprou à China mercadorias no valor de USD 932,4 milhões, menos 10,5% do que no mesmo período de 2024.
No conjunto, a China registou um défice comercial de USD 4,78 mil milhões com o bloco lusófono nos primeiros dois meses de 2025.
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