As exportações lusófonas para a China registaram o melhor arranque de ano de sempre, ao atingirem USD 97,6 mil milhões de dólares, segundo dados dos Serviços de Alfândega chineses.
Este é o valor mais elevado para o período entre janeiro e agosto desde que o Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Fórum de Macau) começou a apresentar este tipo de dados, em 2013.
As exportações aumentaram 4,9% em termos anuais sobretudo devido ao maior fornecedor lusófono do mercado chinês, o Brasil, cujas vendas cresceram 5,2%, para USD 81,5 mil milhões, um novo máximo para os primeiros oito meses do ano.
As vendas de mercadorias de Angola para a China aumentaram 1,8% para USD 12 mil milhões, enquanto as exportações de Portugal subiram 11,4% para USD 2,09 mil milhões.
Os dados divulgados hoje mostram que a maioria dos países de língua portuguesa exportou mais para a China, incluindo Moçambique, cujas vendas subiram 25,5%, para USD 1,16 mil milhões.
Pelo contrário, as exportações da Guiné Equatorial para o mercado chinês desceram 8%, para USD 838,5 milhões, enquanto as vendas de Timor-Leste (menos 99%), Cabo Verde (menos 82,2%) e São Tomé e Príncipe (menos 91,5%) também caíram em comparação com o período entre janeiro e agosto de 2023.
As exportações da Guiné-Bissau para a China mantiveram-se inalteradas nos primeiros oito meses de 2024, embora o país não tenha vendido mais de USD 1.000 em mercadorias.
Na direção oposta, os países lusófonos importaram mercadorias no valor de USD 58,5 mil milhões da China, um aumento anual de 19,7% e um novo recorde para os primeiros oito meses do ano.
O Brasil foi o maior parceiro comercial chinês no bloco lusófono, com importações a atingirem USD 49,5 mil milhões, seguido de Portugal, que comprou à China mercadorias no valor de USD 4,19 mil milhões.
Ao todo, as trocas comerciais entre os países de língua portuguesa e a China atingiram USD 156,1 mil milhões entre janeiro e agosto, mais 10% do que em igual período de 2023 e um novo máximo para os primeiros oito meses do ano.
A China registou um défice comercial de USD 39,1 mil milhões com o bloco lusófono no período entre janeiro e agosto deste ano.