FMI e Banco Mundial Reduzem Previsões de Crescimento Económico para Países Lusófonos

O Banco Mundial piorou as previsões de crescimento do PIB para Portugal, Brasil e os países lusófonos africanos, exceptuando Cabo Verde, Guiné-Bissau e a Guiné Equatorial.

No seu habitual relatório de primavera, o Banco Mundial diminuiu a previsão de crescimento económico do Brasil em 2025 para 1,8%. Em janeiro, a instituição estimava um aumento de 2,2% para a atividade do país.

Em relação a Portugal, o FMI reviu em baixa as previsões para o crescimento do PIB este ano, para 2%, face ao que estimava em outubro (2,3%), e abaixo das previsões do Governo.

Em relação às previsões de outubro do ano passado para os países lusófonos, só Cabo Verde e a Guiné Equatorial têm agora a estimativa de crescimento económico melhorada de forma significativa.

Cabo Verde deverá crescer 5,9% este ano, mais um ponto percentual que a previsão feita em outubro do ano passado; a Guiné Equatorial continua em recessão, que deverá ser de 3,1% em 2025, o que compara com a previsão de queda de 4,4% feita em outubro do ano passado.

A Guiné-Bissau deverá registar uma expansão de 5,1%, praticamente igual à previsão de 5% feita em outubro, e São Tomé e Príncipe tem uma ligeira revisão em baixa, de 3,3% para 3,1%.

Quanto a Angola, o Banco Mundial prevê agora que o segundo maior produtor de petróleo na África subsaariana cresça apenas 2,7%, quando em outubro de 2024 previa uma expansão de 2,9%, e faz também uma forte revisão da inflação, cuja previsão há seis meses apontava para 16,1%, e agora é de 25%, sendo um dos 14 países que entre os 47 da região têm uma inflação de dois dígitos.

Angola, aliás, juntamente com a Nigéria e a África do Sul, representa um peso para o crescimento da região, diz o Banco Mundial, apontando que sem estes três países, “o crescimento da região devia aumentar de 4% em 2024 para 4,5% este ano, acelerando ainda mais para 5,6% em 2026 e 2027”. 

No relatório, o Banco Mundial revê ainda a expansão económica de Moçambique, no seguimento da crise pós-eleitoral, de 4% para 3% este ano, piorando a inflação, de 2,8% para 5,5%.

 

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