Investimentos Chineses no Brasil Subiram 33% em 2023

Um estudo divulgado hoje pelo Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC) indica que os investimentos chineses no Brasil aumentaram 33% no ano passado, para USD 1,7 mil milhões.

Os investimentos chineses no Brasil entre 2007 e 2023 somaram 73,3 mil milhões de dólares (66,4 mil milhões de euros), resultado de 264 projetos confirmados, segundo o levantamento “Investimentos chineses no Brasil – 2023: novas tendências em energias verdes e parcerias sustentáveis”, realizado pelo CEBC.

O setor de eletricidade foi o que mais atraiu investimentos chineses em 2023, com participação de 39%, incluindo projetos em hidroelétricas e energias solar e eólica.

Em segundo lugar, o setor automóvel respondeu por 33% do valor aportado – um ganho de participação de cinco pontos percentuais face ao ano anterior, mantendo a tendência de investimentos voltados exclusivamente para o segmento de carros elétricos e híbridos, com a continuidade dos projetos da Great Wall Motors (GWM) no estado de São Paulo e a entrada da BYD no estado brasileiro da Baía.

“Dos 29 projetos confirmados, 72% foram direcionados a energias verdes e setores relacionados – 16 pontos percentuais a mais do que em 2022 e a maior participação registada desde o início da série histórica em 2007”, afirmou o CEBC.

No levantamento apontou-se que o Brasil foi o 9.º país que mais recebeu capital produtivo chinês em 2023.

Em 2023, o número de projetos chineses confirmados no país chegou a 29, total que indica uma queda de 9% face a 2022. Apesar do recuo, esse foi o terceiro maior número de projetos chineses no Brasil num ano registado na série histórica iniciada em 2007.

Apesar do aumento no ano passado, o valor é o segundo mais baixo desde 2009, superando apenas o resultado de 2022, quando os investimentos chegaram a 1,3 mil milhões de dólares (1,2 mil milhões de euros).

O aumento dos investimentos chineses no Brasil em 2023 ocorreu apesar da queda de 17% nos investimentos estrangeiros de forma geral no país.

Segundo o CEBC, os investimentos chineses na América Latina e no Brasil têm sido menos intensivos em capital nos últimos anos, mas vêm avançando nas chamadas “novas infraestruturas”, que incluem iniciativas em áreas que estão no centro dos planos de desenvolvimento de Pequim, como energias renováveis, mobilidade elétrica, Tecnologia da Informação, infraestrutura urbana e manufaturas de alto padrão.

 

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