O grupo energético português EDP, cujo maior accionista é a China Three Gorges, obteve um resultado líquido de EUR 1.083 milhões entre janeiro e setembro, 14% acima do atingido no mesmo período do ano anterior.
O aumento do lurcro foi “suportado pelo bom desempenho da atividade de redes de eletricidade no Brasil, assim como pela recuperação de produção hídrica no mercado ibérico, que mais do que compensaram os menores ganhos com rotação de ativos renováveis”, informou a empresa num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
O EBITDA subiu 2% para os EUR 3.899 milhões. “A EDP espera atingir em 2024 um EBITDA recorrente de cerca de 5 mil milhões de euros, um resultado líquido recorrente de aproximadamente 1,3 mil milhões de euros, em linha com os objetivos financeiros apresentados em maio”, conclui a empresa.
O segmento de negócio de operação de redes de eletricidade representou 42% do resultado líquido consolidado dos primeiros nove meses do ano, “impactado positivamente pelo sucesso da OPA sobre a EDP Brasil”, concluída em julho de 2023, indica a empresa.
Por seu lado, a produção de energia hidroelétrica em Portugal disparou 66%, e a eólica e solar nos Estados Unidos subiu 15%, “compensando a queda dos preços grossistas de eletricidade na Europa e a forte redução da produção de eletricidade com base em combustíveis fósseis”.
As energias renováveis representam atualmente 97% do portefólio da elétrica.
Já a dívida líquida da cotada disparou 13%, atingindo os EUR 17,3 mil milhões. Esta reflete a aceleração do investimento em energias renováveis e redes de eletricidade, assim como o pagamento de dividendos.
“A dívida líquida esperada para o final de 2024 será influenciada pelo timing dos encaixes de parcerias institucionais e de conclusão de operações de rotação de ativos, uma vez que determinadas operações poderão ser apenas concluídas em 2025″, alerta a empresa liderada por Miguel Stilwell de Andrade.
O objetivo, reitera o comunicado, continua a ser manter um rating BBB.