Macau pretende explorar a possibilidade de usar a pataca digital nas trocas comerciais entre a China e os países de língua portuguesa,
afirmou o secretário para a Economia e Finanças da região especial chinesa.
Durante a apresentação do programa político para 2025 do novo Governo de Macau, Anton Tai Kin Ip disse que discutiu a ideia com o banco central de Portugal durante uma recente visita ao país.
Uma delegação liderada por Tai Kin Ip esteve em Lisboa entre 04 e 06 de março, tendo–se encontrado com dirigentes do Banco de Portugal, incluindo o administrador Luís Morais Sarmento.
Tai Kin Ip disse hoje aos deputados que iria continuar a visitar mais países de língua portuguesa no futuro para procurar apoio para a utilização da pataca digital.
O secretário prometeu aproveitar as vantagens da pataca digital como uma moeda cuja circulação será livre através das fronteiras de Macau, uma economia aberta ao fluxo de capitais.
Pelo contrário, a moeda chinesa, o renmimbi, não é inteiramente convertível em outras moedas e as autoridades de Pequim impõem um rígido controlo ao fluxo de capitais, sobretudo para fora do país.
As trocas comerciais entre os países de língua portuguesa e a China atingiram USD 225,2 mil milhões no ano passado, mais 2% do que em 2023, de acordo com dados dos Serviços de Alfândega da China.
O protótipo do sistema da pataca digital de Macau (e-Mop) foi lançado em 12 de dezembro, oito dias antes do fim do mandato do anterior líder do Governo, Ho Iat Seng.