Portugal participa na Feira Internacional de Comércio de Serviços da China (CIFTIS 2024) para procurar captar mais investimento chinês para o país, incluindo como plataforma para a União Europeia e países lusófonos.
Director Coordenador da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) na China e conselheiro económico e comercial da Embaixada de Portugal em Pequim, Nuno Lima Leite, disse à Xinhua que “este ano marca o 45º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre a China e Portugal, um ano muito importante” bilateralmente.
“A nossa participação na CIFTIS 2024 é como uma ponte entre a China e Portugal, aproveitando essa plataforma para que mais empresas chinesas nos conheçam e se sintam atraídas a investirem em Portugal”, afirmou.
A CIFTIS 2024 conta com 85 países e organizações internacionais para montar exposições, sendo que Portugal realiza pela primeira vez exposições independentes presencialmente.
Para Nuno Lima Leite, as empresas chinesas têm uma perspectiva ampla de investir e construir fábricas em Portugal.
“Os investimentos da China em Portugal tem um impacto de longo alcance, que pode se irradiar para os mercados europeus e até mesmo para os mercados de língua portuguesa, assim, esperamos ver mais possibilidades por meio dessa plataforma”, afirmou.
Portugal tem recursos renováveis abundantes, como energia fotovoltaica e eólica, além de vantagens geográficas naturais e políticas preferenciais favoráveis ao exterior. O Director Coordenador da AICEP acrescentou que o governo português introduziu medidas para incentivar o investimento estrangeiro, como cortes de impostos e apoio fiscal, além de oferecer incentivos como concessões fiscais e subsídios de capital para atrair investidores, incluindo a China.
No Stand de Portugal, Luo Yonghuan, presidente da Associação Regional de Energia da Província de Shandong, demonstrou grande interesse no setor de energia fotovoltaica de Portugal. “A vantagem do setor de energia fotovoltaica de Portugal está na sua experiência de gestão, enquanto a energia fotovoltaica na nossa província tem uma vantagem de custo. Esperamos aprender com a experiência de gestão deles por meio da plataforma da CIFTIS e procurar mais espaço para cooperação a fim de obter vantagens complementares”, disse o executivo chinês.
Nuno Lima Leite afirma que “atualmente, empresas chinesas dos setores de finanças, saúde, seguros, energia renovável, hotelaria e muitas outras áreas já investem em Portugal”, casos da COFCO, a CALB e a Fosun.
A Fosun promove a disseminação e a cooperação internacional de conhecimento, tecnologia, saúde e cultura por meio da capacitação do empreendedorismo jovem, projetos de responsabilidade social e atividades de intercâmbio cultural, demonstrando a força e a influência abrangentes das empresas chinesas no comércio global de serviços.
Também na CIFTIS 2024, a filial de Macau da Shanghai Ai Yisheng Industrial Development Co., Ltd., trouxe mais de 30 tipos de produtos de medicina tradicional chinesa para cuidados com a saúde, atraindo muitos consumidores que pararam para selecioná-los.
“Graças ao papel único de Macau na cooperação económica e comercial entre a China e os países de língua portuguesa, já levamos nossos produtos e serviços aos mercados dos países de língua portuguesa, incluindo o mercado de Portugal”, disse o director da empresa, Su Haoning.