O ministro da Economia, em declarações ao Negócios, explicou que na visita de três dias que realizou a Singapura – terminada na sexta-feira – teve encontros com os fundos soberanos GIC, que já detém 4% do capital da EDP Renováveis, e Temazek, dono da PSA que em Portugal opera o Terminal de Contentores de Sines.
“Foi uma viagem idêntica à realizada recentemente ao Qatar, na ótica de captar investimento e sinalizar as empresas portuguesas que estão a dar passos importantes na internacionalização”, explicou Pedro Reis.
Segundo o governante, os dois fundos soberanos “mostraram interesse em quatro áreas”, sendo que uma delas está relacionada com a produção de componentes eletrónicos no país.
Segundo Pedro Reis, os fundos quiseram ainda entender como Portugal está “a preparar-se para fazer a exploração das eólicas offshore”. No âmbito da energia, o governante fez uma visita ao parque solar desenvolvido pela EDP Renováveis em Singapura.
Outra das áreas de interesse foi a da saúde e biotecnologia, bem como o levantamento das startups tecnológicas na área do espaço – desenvolvimento de satélites e sistemas de geolocalização -, “que já deram nas vistas” dos investidores em Singapura.
De acordo com Pedro Reis, ficou fechado o compromisso de a AICEP organizar, no início de 2025, um “roadshow” em Portugal com estes dois fundos, para conhecimento das empresas que possam posicionar-se para receber investimento na área das renováveis, saúde e semicondutores.
Uma das áreas em que a visita do ministro terá surtido efeitos imediatos é a agrícola, já que durante a estadia de Pedro Reis em Singapura as autoridades locais autorizaram Portugal a exportar carne suína para a região, num processo que se arrastava desde 2020. A Sicasal e o Grupo Primor são duas das empresas que passam a poder vender para aquele mercado.