Presidente de Portugal Defende Continuação de Macau como “Cruzamento de Culturas”

O chefe de Estado português, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu que Macau continue como “cruzamento de culturas” que constitui a “riqueza” do território, ex-colónia portuguesa.
Marcelo Rebelo de Sousa fez hoje publicar uma mensagem escrita no sítio oficial da Presidência da República na Internet, dia em que se cumprem “os 25 anos da transferência da soberania de Macau para a República Popular da China”.
“A diferença significa o quê? Um cruzamento de culturas, de línguas, de tradições, de usos, de gastronomia. É essa a riqueza de Macau, e por isso aqui vem tanta gente e admira essa diferença de Macau, que tem de continuar”, defendeu.
O Presidente da República referiu que a língua portuguesa se tornou mais falada no território do que no tempo da administração portuguesa e manifestou a certeza de que assim permanecerá após 2049, independentemente da Lei Básica da Região Administrativa Especial de Macau, que vigora desde 1999.
Segundo o chefe de Estado português, os dois países têm-se “empenhado em garantir as melhores condições para a transição em Macau e concretizaram uma parceria estratégica entre Portugal e a China, assente num passado histórico comum, em benefício dos dois povos e das suas relações no século XXI”.
“Baseada na Declaração Conjunta Luso-Chinesa sobre o Futuro de Macau, de 1987, que estabeleceu os termos desta transferência e constituiu o princípio da construção de uma relação sólida e profícua entre Portugal e a República Popular da China, abriu um novo ciclo nas relações diplomáticas entre os dois Estados”, refere-se na nota.
Marcelo Rebelo de Sousa realizou uma visita de Estado à República Popular da China entre abril e maio de 2019, que começou em Pequim, onde foi recebido pelo Presidente Xi Jinping, passou por Xangai e terminou na Região Administrativa Especial de Macau.
Durante essa visita, as autoridades de Portugal e da China assinaram um memorando de entendimento que previa um novo patamar nas relações bilaterais: a passagem da parceria estabelecida em 2005 para um “diálogo estratégico”, com contactos políticos mais regulares.
Na sua passagem por Macau, de menos de 24 horas, o chefe de Estado português deixou a mensagem de que “a diferença” desta região administrativa especial é o que lhe dá valor, destacando a importância da presença da língua portuguesa, e disse ter falado desse tema com Xi Jinping.

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