O primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, previu que o país vai concluir a adesão plena à Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) até ao final do ano.
“Não posso dizer em maio, só posso dizer em 2025”, disse Xanana Gusmão, quando questionado pela Lusa sobre a possibilidade de os chefes de Estado da ASEAN decidirem em maio a adesão plena do país àquela organização.
Os estados-membros da ASEAN chegaram a um acordo de princípio em novembro de 2022 para integrar Timor-Leste na organização regional, passando o país a ter estatuto de observador e a poder participar em todas as reuniões, incluindo nas cimeiras.
O Presidente timorense, José Ramos-Horta, considerou em fevereiro a possibilidade de a adesão plena de Timor-Leste à organização se concretizar em maio durante uma cimeira.
“Tenho toda a confiança de que este ano entramos, não sei é quando”, explicou Xanana Gusmão.
A Presidência e o Governo de Timor-Leste decidiram apontar o ano de 2025 para a concretização da adesão plena, tendo em conta o cumprimento de um roteiro, que exige o estabelecimento de acordos e missões diplomáticas, construção de infraestruturas e preparação de recursos humanos, entre outros.
A Malásia, país que assume a presidência rotativa da ASEAN, tem defendido a adesão plena de Timor-Leste à organização até ao final deste ano, bem como a remoção do roteiro de exigências de requisitos desnecessários e sem relevância.
A ASEAN foi criada em 1967 por Singapura, Indonésia, Tailândia, Malásia e Filipinas e tem como objetivo promover a cooperação entre os estados-membros para garantir a paz, a estabilidade e o desenvolvimento económico, social e cultural da região.
Integram também a ASEAN o Brunei Darussalam, o Camboja, o Laos, Myanmar e o Vietname.
Other articles
