Projecto de Gás Natural de Moçambique Assegura Financiamento de USD 4,7 Mil Milhões

 

O projeto da gás natural da TotalEnergies na província moçambicana de Cabo Delgado teve aprovação de um financiamento de USD 4,7 mil milhões do banco de exportação e importação norte-americano (Exim Bank).

“O financiamento privado não estava disponível para este projeto, dado o seu tamanho, complexidade e risco—o que necessitou do apoio do Exim. Fomos informados de que a China e a Rússia estavam previstas para financiar este acordo antes de o quórum do nosso conselho Exim ser restaurado pelo Senado dos EUA”, afirmu Kimberly A. Reed, presidente do Exim Bank.

“O EXIM foi totalmente restaurado em maio, e o nosso conselho foi capaz de votar hoje—após um processo de avaliação rigoroso para garantir a proteção dos contribuintes—para tornar este acordo possível para os trabalhadores americanos”, afirmou.

O projeto, adianta, será agora concluído sem o envolvimento deles e, em vez disso, com produtos e serviços ‘made In USA’. “Isto é uma vitória para a nossa nação. Este empréstimo, diz o Exim Bank, destina-se a “apoiar a exportação de bens e serviços dos EUA provenientes de vários estados para o desenvolvimento e construção de um projeto integrado de gás natural liquefeito (GNL) localizado na Península de Afungi, no norte de Moçambique”.

Em janeiro deste ano, o presidente da TotalEnergies, Patrick Pouyanné, garantiu que o projeto de Moçambique iria ser retomado este ano, depois de ter sido paralisado há perto de quatro anos por problemas de segurança na região.

O Exim Bank tinha anteriormente acordado um empréstimo no valor de 4,7 mil milhões de dólares durante a primeira administração do Presidente Donald Trump, mas teve que ser novamente aprovado depois de a construção do projecto ter sido suspensa em 2021, na sequência de um grande ataque perpetrado por terroristas islâmicos contra a vila de Palma, na província de Cabo Delgado, no norte do país.

A exploração de gás natural em Cabo Delgado envolve um investimento total de 20 mil milhões de euros, sendo o maior alguma vez realizado em África num único projeto.

O financiamento do Exim Bank irá apoiar as exportações de bens e serviços dos EUA para a engenharia, aquisição e construção da unidade industrial de GNL em terra e das instalações relacionadas.

A transação irá apoiar a criação de aproximadamente 16.400 empregos americanos durante o período de construção de cinco anos, e através de vendas subsequentes, é provável que milhares de empregos adicionais sejam gerados em todo os Estados Unidos.

A chinesa CNPC é um dos principais accionistas da Mozambique Rovuma Venture (MRV), uma joint venture detida conjuntamente pela ExxonMobil, Eni, que espera lançar uma segunda plataforma de produção de gás natural liquefeito (GNL) no país.

A MRV opera a Área 4, com uma participação de 70 por cento no contrato de concessão, com três parceiros que têm uma participação de 10 por cento cada: ADNOC (Abu Dhabi), Kogas (Coreia do Sul) e Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (Empresa Nacional de Hidrocarbonetos de Moçambique).

O consórcio já opera a plataforma Coral Sul, que está estacionada a 40 quilómetros da costa moçambicana desde o início do ano e começou a exportar GNL em 2022.

 

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