A petrolífera estatal angolana Sonangol está em conversações com bancos chineses e europeus para financiar a nova refinaria do Lobito, cuja construção e engenharia estará a cargo da China National Chemical Engineering.
O presidente da Comissão Executiva da Unidade de Negócio e Refinação da Sonangol, Joaquim Kiteculo, referiu à Reuters que o custo total do projecto era de USD 6,6 mil milhões e o défice de financiamento situa-se em USD 4,8 mil milhões.
Além disso, salientou que a Sonangol está em discussões com bancos, incluindo o Banco Industrial e Comercial da China, o Société Générale, o Standard Chartered e o Afreximbank.
“Não estamos apenas a negociar com bancos chineses, estamos também à procura de outras alternativas”, afirmou Kiteculo à margem de uma conferência sobre energia na Cidade do Cabo, África do Sul.
O responsável destacou ainda que a construção deverá começar no próximo ano.
“Estamos confiantes de que o financiamento será obtido e a refinaria irá avançar”, adiantou.
A petrolífera está a investir USD 950 milhões dos seus próprios fundos durante a primeira fase da Refinaria do Lobito, principalmente em infraestruturas como estradas e escritórios.
A China National Chemical Engineering é o empreiteiro de construção e engenharia da refinaria.
A KBR, sediada em Houston, Texas, é consultora do projecto, depois de ter preparado o trabalho de engenharia e concepção inicial.
Angola é o segundo maior exportador de petróleo bruto da África Subsaariana, mas importa cerca de 80% dos seus produtos refinados.
O governo angolano lançou um programa para construir novas refinarias e renovar as instalações existentes para inverter a tendência e tornar-se um exportador líquido de combustíveis.
O desenvolvimento das instalações na cidade portuária atlântica do Lobito foi reiniciado em Dezembro de 2023, depois de ter estado parado durante quase uma década. Quando estiver concluída, será a maior refinaria do país.